O Ministério da Mediocridade adverte: o KX é prejudicial à burrice contente, ao conformismo babaca, à inércia covarde, à hipocrisia deslavada, à pseudo-felicidade do cidadão comum, à pose esquerdopata e à idiotice útil.

26 de novembro de 2016

O "isentão"

Este é um tipinho relativamente novo no Brasiu. Depois da derrocada (ainda parcial) da supremacia ideológico-intelectual e do monopólio de virtude da esquerda, ficou meio forçado e ridículo ser esquerdista em ambientes mais inteligentes e arejados. Daí os esquerdistas mais espertos e flexíveis, passaram a ser "isentões".

O isentão não se declara de esquerda e mostra tanto simpatia quanto reservas a pontos de todo o espectro político-ideológico, tentando mostrar que ele é... "isentão". Só que ele não engana ninguém. Trata-se de um esquerdista hipster enrustido, que não quer se comprometer e usa uma nova estratégia para demonstrar virtude e inteligência, sendo... "isentão".

Mas é relativamente fácil detectar o tipo. Apesar de todo esforço para parecer isentão, ele sempre se coloca (e vota) ao lado da esquerda, mesmo com todas suas reservas e críticas "inteligentes" (e bem moderadas a ela). Nunca comete o "sacrilégio" de não apoiar a esquerda. Em discussoes ideológicas, ele tende a sempre relembrar as "contribuições" da esquerda (quais mesmo?). Faz apologia disfarçada.

Eu tenho "amigo" isentão, e já notei uns pontos bem comuns no discurso deles. Exemplos: "não tenho nada contra o feminismo" (na verdade apoia essa farsa marxista); "o Brexit foi um retrocesso" (globalistinha de merda); "Trump é claramente racista" (hummmm). Tudo que não é "progressista" (esquerdista) para eles é "obviamente retrógrado". Usam palavras de ordem e estratégias esquerdistas adaptadas, exploram terminologia e etimologia de forma sofista para disfarçar posicionamentos ideológicos de esquerda como se não o fossem. Enfim, o isentão é habilidoso mas é mais covarde e mais hipócrita do que o esquerdista declarado. Sim, podem colocar os dois no mesmo saco e jogar no lixo.