O Ministério da Mediocridade adverte: o KX é prejudicial à burrice contente, ao conformismo babaca, à inércia covarde, à hipocrisia deslavada, à pseudo-felicidade do cidadão comum, à pose esquerdopata e à idiotice útil.

Biografia

Já nasci chato, com um problema congênito que mais tarde se tornaria determinante de todo meu caráter e minha vida: apenas um pouquinho só de QI acima da média e uma vontade inconveniente de saber a verdade das coisas.

Apesar dos esforços da família, dos amigos e da sociedade como um todo, a cura não foi possível. Muito embora ela geralmente seja, pois consegue-se castrar a inteligência de quase todos os jovens canalizando-a para fins práticos como a busca da conformidade, da aceitação social e do sucesso material. Entretanto, agradeço a todos pela tentativa e pelas boas intenções.

Como geralmente ocorre com mutações genéticas que vão contra a tendência involutiva da espécie, os tratamentos a que fui submetido só causaram efeitos contrários. A mediocridade e a estupidez humana apenas me deixaram mais isolado e, assim, interagindo menos com os comuns, minha atividade neuronial apenas se agravou, me tornando a aberração que sou hoje.

Na adolescência eu já demonstrava sintomas de esquisitice que, ao contrário do que é normal, nunca desapareceram. Assim sendo, ainda mantenho minha atitude crítica, analítica, iconoclasta e o profundo desprezo por todas as convenções, sistemas de crença, códigos sociais, morais e valores comuns das pessoas ditas "normais". Claro que também continuei solteiro (pelo menos no sentido legal da palavra = acompanhado mas sem coleira) e com bem poucos amigos, mas essa é uma das vantagens. A única desvantagem é me sentir intelectualmente só.

Na vida adulta, a esquisitice continua, e eu cometi a última, definitiva e maior desobediência de todas, que é praticar o que eu penso e digo, ao contrário do que fazem os "intelectuais" e "rebeldes" da classe média. Assim, eu não virei pai de família, não tenho carro, religião, time de futebol, patroa, não pareço bom partido e ainda quero que se foda o que pensa a sociedade. Mas consegui sair do Brasil, o que embora não resolva o problema da cretinice humana, melhora bastante. Minha vida é simples, bacana, livre, racional e saudável. Enquanto epicurista que sou, sei degustar do prazer e da liberdade sem excessos, consumismo ou outras ilusões. Sei encontrar beleza na realidade. E até consigo ter uma atividade intelectual e filosófica bem intensa, ainda que comigo mesmo. Adoro pensar, escrever e perturbar a paz hipócrita dos comuns em poucas linhas. Este blog é apenas um dos meus hobbies.

Para quem quiser saber mais: