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14 de setembro de 2016

Sobre amigos

Amigos são, juntamente com a família, a coisa mais importante na formação, integração e socialização do indivíduo. São também importantes no nosso crescimento e aprendizado enquanto seres humanos e na nossa história pessoal. Elas também nos moldam, em intensidade proporcional à nossa própria personalidade (ou falta dela). Por fim, também são essenciais a uma vida agradável, saudável e divertida. Vários filósofos já falaram sobre o prazer e a importância da amizade, inclusive colocando-a como um "bem maior". E creio que todos concordamos com isso de alguma forma. Me lembro bem de quando era adolescente - principalmente na época do colegial. Amigos eram TUDO. Eram o universo onde eu queria viver para sempre. E os laços eram tão fortes que a gente realmente acreditava que ia ser amigo e manter contato próximo para sempre. Mas tal crença dura apenas até a gente crescer. Quem não passou por isso? As memórias daquela época estão entre as melhores que trago comigo e tenho certeza que o mesmo ocorre com a maioria das pessoas. Chega a gerar nostalgia.

Entretanto, há uma mudança natural, que vem com a idade. E outras, ditadas pelo momento histórico. No mundo contemporâneo, especialmente, o conceito de amizade vem mudando muito, e novas formas de amizade também são criadas. O "amigo de facebook" é um exemplo. Mas mesmo a amizade "clássica" mudou muito, sob o impacto do exigente estilo de vida moderno. No fim das contas, as pessoas têm menos amigos "reais", seja em termos quantitativos ou qualitativos (isso, com certeza).

Agora, uma reflexão sobre aspecto de necessidade de amizade. Percebo que, ao longo da vida, ele se torna cada vez menor - pelo menos para pessoas de alguma profundidade. Com o tempo, cada vez menos temos a aprender e partilhar com amigos. Claro que nunca deixamos de tê-los e nem de valorizá-los, mas o fato é que a necessidade diminui de forma relativamente rápida na vida adulta. Mesmo quando temos tempo para eles. O que realmente acaba faltando é interesse, curiosidade, espontaneidade. Já aprendemos muito sobre nós mesmos (talvez) e especialmentes sobre os outros e sobre o "padrão" humano. Assim, acabamos ficando quase sem amigos próximos, numa idade mais madura. E, não. Isso não é triste