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26 de setembro de 2016

Paternidade em tempos de esquerdopatia

Eu resolvi não ter filhos por alguns motivos, e apenas um deles é este. Deve ser muito triste perder um filho para acidentes, doença ou para a violência. Não bastasse isso, ainda podemos perder filhos sem que eles morram, para o crime, as drogas, ou a estupidez. E, cada vez mais, se torna altamente arriscado perder filhos para os marxistas, que doutrinam as crianças desde a escolinha até a universidade. Eu tenho até medo de imaginar ver um filho meu se tornando um daqueles sabichões sebosos de esquerda, que vivem como burgueses mas ficam se prestando ao discurso ridículo, absurdo, hipócrita, mirabolante e esquizofrênico de esquerdista defensor do proletariado.

Não. Eu não encaro esse risco. Mesmo a gente tentando ensinar os filhos a pensar, a sedução marxista é forte demais porque, além da ideologia em si, o grupo exerce uma enorme influência sobre os jovens e, quase sempre, ser "legalzinho e antenado" inclui ser de esquerda - ainda mais entre os jovens mais promissores. Tamanho é o estrago! E eu acabo de ter um gostinho do que seria isso.

Tenho um amigo de que é inteligente e um cara super bacana, trabalhador, que pôde oferecer à filha a melhor educação possivel onde ele mora. Obviamente, vocês já sabem o que esperar quando dizemos "melhor educação", né? Doutrinação chic, é claro. A menina também é inteligente e super bacana, assim como o pai. Mas foi ser jovem nesses tempos macabros. Claro que "caiu na rede". Felizmente, ela está muito longe de pintar o cabelo de azul, colocar piercing e fazer "perfomances" pelada ou esfregar sangue menstrual na parede da "federal" onde ela estuda jornalismo. Não vai chegar nisso. Mas, mesmo assim, os danos já são bem claros: se tornou feminista declarada, diz que "problematiza", que pratica a "sororidade", acredita em qualquer menina que faz textão de estupro com foto fraudada na internet, e que, para provar a luta por igualdade do feminismo, basta notar que o dicionário assim define o movimento (!)

Como de costume, junto com a doutrinação feminista, vem todo o pacote marxista e a obediência aos dogmas e narrativas da esquerda. Num artigo dela que eu acabei de ler, ela diz que a "presidenta" Dilma sancionou o marco civil da internet para garantir a liberdade e democracia na rede. Realmente, obediência total à narrativa. Inclusive na terminologia. Notem que "presidenta" não existe. Quem usa tal aberração é o mesmo tipo de gente que diz "estadunidense" em vez de "americano" e "afro-descendente" em vez de "negro", mas não usa "eurodescendente" em vez de "branco". Gente esquerdopata, vitimista, coletivista, PC e doutrinada. Bem como basicamente todos os professores e colegas dela, claro.

Sem ser pai, já me corta o coração. Imagina sendo! O pai dela está bem, porque não entende nada dessas coisas. Está até orgulhoso, porque Politica e assuntos relacionadas passam longe dele. Como diz o ditado, "ignorance is bliss". Mas eu não teria tal sorte. Eu estaria mortificado. E nem tem cabimento culpar a menina, que acha que sabe e faz o que é correto e, se fezesse o contrário, sofreria muito, academicamente falando, num sistema totalmente dominado pelo marxismo e que persegue quem pensa diferente. Bom, essa é a tragédia pessoal. Mas a tragédia cultural? Pior ainda! Como sabemos, são jovens assim que se tornam profissionais da doutrinação na midia, conscientes ou não de seus papéis de destruidores culturais com boas intenções. E o pior de tudo é isso: com boas intenções e doutrinação, se a gente critica ou tenta explicar alguma coisa, dá a impressão de que a gente é "fascista", "do mau", ignorante ou está com inveja! E assim a doença se espalha, até que o mundo desabe.