O Ministério da Mediocridade adverte: o KX é prejudicial à burrice contente, ao conformismo babaca, à inércia covarde, à hipocrisia deslavada, à pseudo-felicidade do cidadão comum, à pose esquerdopata e à idiotice útil.

9 de setembro de 2015

É bom ser brasileiro?

Se você não mora no Brasil, talvez. Se você mora, eu acho péssimo, dado o caos em que o país se encontra. E, mesmo sem caos, nunca foi lá grande coisa. Enfim, hoje estou à toa em casa, encontrei um video de uma menina dessas comunzinhas bonitinhas que se casam com gringo, e ela listava 10 vantagens de ser brasileiro. Por total falta do que fazer, vou listar aqui o que ela disse e comentar, e isso serve como uma análise da mentalidade do comum que casa com gringo e vai morar fora.
1) idioma: o português pode ser considerado uma bela língua, mas não é vantagem alguma falar uma língua que ninguém (relevante) fala. Ela acha que é.
2) música: ela fala da sofisticação da bossa nova (tocada em coquetéis), mas se esquece que também toca no Walmart e em elevadores, e que temos funk e sertanojo também - os estilos que o brasileiro REALMENTE gosta. Bossa nova nada mais é do que jazz com uma batidinha brasileira, e brasileiro não ouve.
3) poder entrar em vários países sem visto. Sério? Poder pode, mas nos EUA e no Canadá (países relevantes), por exemplo, não pode. Pode na Europa, onde hoje em dia qualquer um entra e faz o que quer.
4) "país exportador de simpatia e alegria"... esse estereótipo me irrita. Exportamos também burrice, idiotice, estupidez, cretinice e malandragem. Ela acha que o sorriso nos lábios dos gringos ao saberem que ela é brasileira se trata de pura admiração. Sabe nada...
5) clima: brasileiro acha que calor infernal e úmido é bom!
6) espontaneidade: também conhecida como falta de educação e de noção. Confesso que um pouco é bom. Mas não como o brasileiro pensa. Se tivesse medida, seria bom.
7) flexibilidade: até concordo que o brasileiro tem talento para se adaptar a situações, mas essa adaptabilidade é exagerada. Na verdade, muitas vezes trata-se de inércia ou covardia, quando eles se adaptam a situações que na verdade deveriam combater. Geralmente é submissão e medo. O gringo não é flexível porque acha que não deve ser. Isso ela não percebeu ainda. Qualquer povo poderia dar "jeitinho" nas coisas. Mas os povos mais avançados preferem não dar. Não é falta de habilidade; é opção mesmo.
8) conceito de família extendida: não tenho nada contra. Mas ela elogia o fato de poder contar com mais apoio familiar, e isso eu não concordo. Brasileiro é muito carente e dependente de apoio dos outros - especialmente de família. Gringo não precisa disso e nem quer isso. E eu concordo com eles.
9) comida: eu gosto. Mas ela, como todo brasileiro comum, acha que é muito mais deliciosa e saudável do que as outras. Ela não percebe que isso é tudo relativo. E ainda jogou aquela de "outros povos não comem salada". É... deixa quieto.
10) a "capacidade de felicidade": outro estereótipo que me irrita demais. Brasileiro não é feliz. É no máximo alegre, e se força para ser. Ele realmente faz o que pode para não desapontar a audiência no seu papel de "povo feliz", ainda mais quando é entrevistado no jornal nacional. Tá no esgoto mas tá rindo e fazendo aquelas pisadinhas clichés cretinas e dando risada como um idiota. Um povo otário! Novamente, submissão, inércia e simplicidade mental. Só pode ser feliz quem tem motivos para sê-lo. Quem vive como cachorro, escravizado, roubado, levando tiro e ri de tudo isso só poder débil mental.
Enfim, esta foi minha jornada de hoje na mente comum. Mas, para não dizerem que sou anti-brasileiro ou mal-humorado, vou terminar o post citando uma vantagem real que temos e a menina não citou: a gente transa bem mais gostoso.