Brasileiro nunca foi patriota, pois "patriota" é o sujeito que se preocupa e faz algo pelo seu país. E, como a gente sabe, brasileiro só faz aquilo que traga alguma vantagem imediata e pessoal a ele, mesmo que seja minúscula e custe muito caro para ao país. Exemplos: votar no PT por causa de um bolsa-qualquer-coisa (no caso do pobre) ou porque a Dilma não vai privatizar o Banco Sinecura (no caso da classe média). Ou seja, o brasileiro sempre foi oposto do patriota. Por isso ele é um corrupto tão eficiente e natural.
Mas o brasileiro sempre foi ufanista! Isso sim, porque ser ufanista é fácil, não custa nada e dá prazer. Seja por complexo de inferioridade ou para disfarçar a falta de vergonha, o brasileiro sempre fez uma propaganda enganosa (e consolatória) enorme do Brasil. Eu cresci ouvindo que o Brasil é um país "abençoado" (por quê?), que Deus é brasileiro (marketing barato), que lá nada falta (sério?), que não há catástrofes (não mesmo?), e muitas outras! A mais infame é aquela segundo a qual o Brasil seria o melhor país do mundo (do terceiro mundo, talvez). E o governo sempre surfou nessa onda também, mas fazendo seu papel, né? Se lembram do relativamente recente slogan estatal "o melhor do Brasil é o brasileiro"? Se a gente trocasse para "menos pior", ainda assim, ficaria forçado, apesar de menos delirante no que sugere.
Enfim, isso tudo a gente já sabe. Agora vem a novidade: nem ufanista o brasileiro está conseguindo ser mais, por razões óbvias. Aqueles bocós que se enganavam já não conseguem mais ser meio convincentes a si mesmos. Aqueles que faziam marketing amador já desistiram por impraticabilidade. Até o futebol (última trincheira do delírio) faliu de sete a um para os "gringos sem ginga"! Só mesmo o governo ainda continua a farsa, porque é seu papel. Me dei conta disso agora, ao ler um artigo que conta como cada vez mais pessoas desistem do país. Eu então parei para pensar e notei que, realmente, eu não ouço mais as velhas apologias brasilianistas caducas que ouvia até menos de década atrás. Não me deparo mais com "patriotas", seja na vida real ou virtual - nem aqueles amigos e conhecidos claramente invejosos que criticavam minha opção de ter imigrado para o Canadá. Ninguém mais para me chamar de "maluco", "revoltado" ou "radical" enquanto lista as velhas "bênçãos" de viver no Brasil. Todos eles sumiram, ou se calaram para sempre. Parece que, aos que ficam, não resta nem mais a opção do auto-engano.
Mas o brasileiro sempre foi ufanista! Isso sim, porque ser ufanista é fácil, não custa nada e dá prazer. Seja por complexo de inferioridade ou para disfarçar a falta de vergonha, o brasileiro sempre fez uma propaganda enganosa (e consolatória) enorme do Brasil. Eu cresci ouvindo que o Brasil é um país "abençoado" (por quê?), que Deus é brasileiro (marketing barato), que lá nada falta (sério?), que não há catástrofes (não mesmo?), e muitas outras! A mais infame é aquela segundo a qual o Brasil seria o melhor país do mundo (do terceiro mundo, talvez). E o governo sempre surfou nessa onda também, mas fazendo seu papel, né? Se lembram do relativamente recente slogan estatal "o melhor do Brasil é o brasileiro"? Se a gente trocasse para "menos pior", ainda assim, ficaria forçado, apesar de menos delirante no que sugere.
Enfim, isso tudo a gente já sabe. Agora vem a novidade: nem ufanista o brasileiro está conseguindo ser mais, por razões óbvias. Aqueles bocós que se enganavam já não conseguem mais ser meio convincentes a si mesmos. Aqueles que faziam marketing amador já desistiram por impraticabilidade. Até o futebol (última trincheira do delírio) faliu de sete a um para os "gringos sem ginga"! Só mesmo o governo ainda continua a farsa, porque é seu papel. Me dei conta disso agora, ao ler um artigo que conta como cada vez mais pessoas desistem do país. Eu então parei para pensar e notei que, realmente, eu não ouço mais as velhas apologias brasilianistas caducas que ouvia até menos de década atrás. Não me deparo mais com "patriotas", seja na vida real ou virtual - nem aqueles amigos e conhecidos claramente invejosos que criticavam minha opção de ter imigrado para o Canadá. Ninguém mais para me chamar de "maluco", "revoltado" ou "radical" enquanto lista as velhas "bênçãos" de viver no Brasil. Todos eles sumiram, ou se calaram para sempre. Parece que, aos que ficam, não resta nem mais a opção do auto-engano.