Pelo menos na internet, eu tenho notado uma crescente polarização ideológica no Brasil. Por um lado isso é bom, porque fere o velho monopólio do discurso marxista; por outro, mostra como o remédio às vezes é quase tão ruim quanto o veneno. Vamos então ao que eu vejo de mais cretino em ambos os lados, lembrando que me refiro à mediocridade, pois há pessoas como eu, acima de rótulos, limites e ditames ideológicos. Quanto aos esquerdistas, ou "revolucionários", é muito claro: fanatismo utópico irracional e intelectualmente desonesto, coletivismo e um falso senso de superioridade intelectual e de princípios, com um viés totalitário muito mal escamoteado. Já, os direitistas ou "reacionários" insistem em anacronismos moralistas e religiosas em seu discurso e conduta política, que vão contra o "liberalismo" que pensam seguir. São sexualmente reprimidos e inseguros, ao ponto de realmente temer a (falsa) liberdade sexual pregada pelas feministas, dentre outras liberdades não-econômicas. Prá que lado cair? Nenhum. Muito embora a direita seja um pouco mais confiável - mas ainda sem merecer lealdade.