O Ministério da Mediocridade adverte: o KX é prejudicial à burrice contente, ao conformismo babaca, à inércia covarde, à hipocrisia deslavada, à pseudo-felicidade do cidadão comum, à pose esquerdopata e à idiotice útil.

12 de fevereiro de 2014

Xatismo é hermetismo

Uma das coisas "estranhas" em se ter algo diferente na cabeça é o fato de você nunca ser entendido pelos outros. Os comuns, como sabemos, se ocupam pensando em família, filho, casamento, futebol, trabalho, carro, roupa, cultura pop, TV, etc. Seus símbolos, valores e regras - menos pragmáticas do que imaginam. E não sobra espaço para coisas mais abstratas, "inúteis" e "xatas", dessas que tem em livro de História e Filosofia. Você acaba sendo hermético sem pretensão e nem intenção. E sempre foi assim. Ainda me lembro dos tempos de colegial, quando eu era comunista (desculpem, eu era criança) e as pessoas me chamavam de "nazista" e de "judeu" (!!!) - não faço a menor ideia da razão - pura estupidez mesmo; com certeza não conheciam o significado de nenhum dos 3 termos envolvidos "muito complicados", tendo-os apenas ouvido alguma vez na TV, provavelmente na chamada do Globo Repórter. As pessoas são muito mais ignorantes do que aparentam desde muito jovens! E não melhoram nada depois de adultas.

O fato é que a gente cresce, se acostuma a essa situação e esquece que ninguém nos entende. O povo simplesmente nos admira ou odeia, mas sem realmente entender. Viramos apenas seres exóticos e sem sentido - "malucos" ou "metidos", como alguns preferem. E com a internet, e a habilidade de publicarmos ideias ao léu, a coisa fica ainda mais esparsa e confusa. Esses dias fui acordado da minha "dormência" de décadas quanto a este fato quando um amigo dotado de extrema inteligência (e uma mentalidade proletária) me disse que eu exagerava nos meus posts e  pensou que estava sendo chato, repetitivo e partidário no contexto da política brasileira. Sendo que, embora eu use o contexto brasileiro, meu real foco é a crítica escrachada do marxismo cultural sem fronteiras partidárias ou territoriais. E não o entretenimento. Isso me fez pensar: "E os que são burros e ainda não me "bloquearam"? Que aventura seria ter um feedback deles! Que compreensão teriam do conceito de "marxismo cultural", dentre outros? Sim, a pergunta foi apenas retórica. E não posso perguntar. A aceitação por parte dos comuns é algo que não me interessa já há muito tempo, mas a curiosidade fica. E é melhor que continue assim. Eu me divirto sendo "esquisito" e eles rindo de mim ou me odiando sem entender. É o máximo de diversão intelectual que se pode ter neste mundo tão simples, e na falta de colegas.