O Ministério da Mediocridade adverte: o KX é prejudicial à burrice contente, ao conformismo babaca, à inércia covarde, à hipocrisia deslavada, à pseudo-felicidade do cidadão comum, à pose esquerdopata e à idiotice útil.

21 de janeiro de 2013

Os escravos cafeeiros do Bocekistão

Ainda na série "não discuta com comuns", continuo minha análise de sobre como a falta de capacidade de raciocínio abstrato e isento, além da constante necessidade de se justificar, os leva a manifestações sempre subjetivas, irrelevantes, emocionais, idiotas e fora da linha de raciocínio do tópico. Sempre me aconteceu e ainda acontece (ainda que bem pouco), por mais que eu evite, porque discutir com comuns simplesmente "acontece". O que mais me irrita é o fenômeno que vou exemplificar em seguida, usando um tópico fictício, apenas para simplificar.

Estou conversando com um comum sobre café. Daí afirmo que, infelizmente, o mercado internacional do café sustenta a escravidão dos camponeses nas fazendas cafeeiras do Bocekistão. Pois bem, para esta afirmação, existem apenas 3 possibilidades de uma resposta decente, quais sejam:
1) Se for verdade, simplesmente dizer "Sim, eu concordo". E quaisquer outros comentários lógicos são bem-vindos.
2) Se não houver certeza, basta dizer "Não estou sabendo disso". E talvez ir pesquisar - se houver interesse.
3) Se não for verdade, poderia dizer algo como "Mentira. No Bocekistão não há escravidão, e nosso café não vem de lá". Ou ainda, "O Bocekistão nem existe!"

Mas se o comum toma café, ele vai se sentir ofendido na sua moral ou inferiorizado intelectualmente. Sem analisar o que foi dito, vai logo disparar algo como: "Olha, eu tomo café porque eu acordo muito cedo para trabalhar e preciso ficar desperto, porque meu trabalho é duro. Tomar café é algo natural, ou a maioria da população não tomaria. Quem é normal toma café. Sempre fez parte da nossa cultura e dos nossos valores! Lá no Japão eles tomam chá; aqui a gente toma café. No mais, eu gosto. E não é da conta de ninguém. Eu sei o que é melhor para mim. Sou uma pessoa livre e sou normal. É um direito meu, sou feliz assim, e cada um sabe da sua vida. Quem é você para querer saber o que é melhor para as pessoas? Por que você fica implicando com quem toma café? Você não é dono da verdade! Se não gosta, é direito seu, mas eu gosto, acho certo, escolhi ser assim, me sinto bem assim e você não vai mudar minha opinião e pronto acabou".

Como se alguém tivesse entrado nessas questões ou tentado impor alguma coisa ou dar algum palpite na vida dele...