Reencontrando a solidão

Minha cara e melhor companheira, que me inspira, liberta e acolhe. Sem ela me desoriento, oprimo e desequilibro. Perco contato com o que há de melhor em mim. Com ela sou feliz, enquanto o vento me bate no rosto e meus olhos vagueiam no horizonte. A seu lado passo por famílias atribuladas e casais de olhares cativos. Nem todos são miseráveis; de modo algum. Às vezes até parecem felizes. Mas o fato é que com ela me sinto ainda mais afortunado, e dono de uma felicidade maior, mais serena e mais honesta. Humanos podem ser muito belos, atraentes e sedutores, mas apenas à distância. Disso muito bem sabemos, eu e minha querida amiga, que às vezes me abandona, mas só para me lembrar de minha própria humanidade. Nisso eu a entendo, e por isso não a culpo, e nem deixo de amá-la, pois sei que ela sempre volta.