Professor Luizão era comunista. Dava aula de História no colégio
mais caro da cidade dele, preparando burguesinhos para o vestibular das
universidades federais e estaduais, onde eles iriam estudar às custas do
proletariado. Mas ele não via contradição alguma nisso. Afinal, por que
abandonar aquela posição tão privilegiada, com bastante estrutura e bom
salário, algo tão diferente da realidade de seus colegas mais digamos...
"proletários"?
Apesar disso, ele cumpria sua missão de agente doutrinador
do marxismo cultural, como quase todo professor, seja conscientemente ou não.
No caso dele, era bem consciente, como na maioria. Entre uma e outra aula sobre
como os EUA escravizam o mundo e como o PT estava melhorando o Brasil, ele
sempre repetia "Leiam a Carta Capital". Aquela frase era marcante
porque, apesar do mais grave ser a doutrinação descarada, chegar a indicar uma
determinada revista em sala de aula para os alunos se emburrecerem parecia algo
tão digamos... "comercial"!
Não, este post não é sobre a Carta Capital. Mas sobre essa
triste realidade que é a doutrinação marxista nas escolas e universidades, não
apenas brasileiras, mas em todo o ocidente, incluindo países desenvolvidos graças
ao capitalismo e a uma cultura nacional totalmente oposta ao marxismo.
Pois bem. Para continuar a narrativa do desastre, vamos retomar
a história com um novo personagem. Muitos anos depois de ter conhecido o o
professor Luizão, encontro Daniela, filha de uma amigo meu. Ela estudou naquele
colégio, foi aluna da Luizão e de muitos outros professores iguaizinhos a ele.
Afinal, ser comuna é padrão nesta e em muitas outras categorias profissionais.
Daniela não era burguesinha; era filha de uma família trabalhadora, tradicional,
que apenas teve a oportunidade de bancar os estudos doutrinantes dela num
colégio de elite. Obviamente, Daniela é feminista, fala "presidenta
Dilma", acredita na esquerda (o pessoal do bem) e acha que sabe tudo e que
os veículos de comunicação "corporativos" que vão contra a Carta
Capital estão mentindo, mesmo alguns deles (grandes) que fazem o mesmo trabalho
sujo da Carta Capital também estariam mentindo, ainda que isso não faça muito
sentido. Enfim, detalhes...
Isso que aconteceu com a Daniela, infelizmente, é o que
acontece com quase todo estudante no nosso sistema escolar oficial. E parou por
aí? Não. Como ela leu a Carta Capital e também se preparou bem para o
vestibular, ela foi estudar numa universidade pública, onde ela vai tirar o
mestrado em esquerdopatia. Vai se aprofundar e se diplomar na doença, e agora
com a autoridade "acadêmica" de quem está entre os
"melhores" do país. Especialmente porque ela agora estuda jornalismo
(profissão de quem manja muito e de tudo), ela vai ter ainda mais certeza das
besteiras que ela acredita. Afinal, ela vai ser jornalista formada! E numa
universidade "de ponta"! Bem como esses jornalistas "inteligentes"
e bem-sucedidos que a gente vê vomitando cocô vermelho na Globo News, na Veja
ou na Folha, por exemplo.
Ler a Carta Capital ajudou? Com certeza, ajudou o Luizão
cumprir sua missão, a ter um bom emprego e a Daniela ir estudar de graça numa
universidade onde ela vai ficar mais tonta e mais certa ainda de sua
superioridade intelectual e sua informação e posição politica indiscutivemente
correta. Vai ser mais uma jornalista de alto padrão. Para terminar, lembro mais
uma vez que o texto não é sobre a Carta Capital. É muito mais amplo; é sobre sobre "as" Cartas Capitais, todas
aquelas que lucram com verbas estatais, colocam o marxismo acima dos fatos ou
da ética profissional, e as pessoas que as lêem e todo seu árduo trabalho para
se dar bem, espalhar a mentira e aumentar a população de idiotas úteis, seja no
Brasil ou outros países, neste ciclo infinito de imbecilidade e destruição.