O Ministério da Mediocridade adverte: o KX é prejudicial à burrice contente, ao conformismo babaca, à inércia covarde, à hipocrisia deslavada, à pseudo-felicidade do cidadão comum, à pose esquerdopata e à idiotice útil.

7 de março de 2014

Hipocrisia carnavalesca

Ela não vai apenas num sentido. Hoje eu li, numa discussão, que muita gente se diz anti-carnaval porque, na verdade, não tem amigos ou onde ir e etc. Eu acho que deva existir casos assim. Há também os que querem posar de intelectualizados "acima do povo" (talvez muito deles também se incluam no grupo dos sem-amigos e sem-diversão) e tal grupo só cresce, na era da pose em midia social. Há ainda os crentes e moralistas de ocasião (barangos usando a moral e bons costumes para encobrir outros problemas e carências). No meu caso, eu não gosto, mas por razões bem honestas. Primeiro, aquele lixo de música onipresente e incessante. Segundo, a hipocrisia do comum. Eu explico: ao contrário dos moralistas de ocasião, eu não sou contra a putaria - muito pelo contrário! Mas acho bem patético a classe média precisar de um "salvo-conduto" moral baseado no calendário para se soltar. Essa coisa das mocinhas poderem sair surubando só porque é carnaval e por isso com baixo risco de serem chamadas de "putas" é bem ridícula. Beijar 50 caras numa noite, engravidar, tudo isso se torna mais aceitável (na mentalidade classe média) se for durante o carnaval. E a desculpa não serve apenas para "imoralidades" sexuais, mas até coisa pior. Isso, para mim, não é legal. Prefiro a putaria consciente e sincera, sem música ruim, hipocrisia ou data marcada. No mais, 4 dias ao ano é muito pouco.