O Ministério da Mediocridade adverte: o KX é prejudicial à burrice contente, ao conformismo babaca, à inércia covarde, à hipocrisia deslavada, à pseudo-felicidade do cidadão comum, à pose esquerdopata e à idiotice útil.

19 de fevereiro de 2014

Esquerdopatia-zen

O brasileiro é um povo sensual, malevolente e amigável, o que não combina de modo algum com o arquétipo revolucionário. Mas ele é esquerdista (ou foi obrigado a ser). Daí ele teve que adaptar a doutrinação ao seu espírito tropical, e por isso temos os "esquerdopatas-zen", fenômeno tipicamente classe média brasileiro. São aqueles tipinhos não necessariamente socialistas, mas que defendem todos os dogmas da esquerda, sob um prisma disfarçado de "humanista" e "do bem". Muito "cabeça" e de um jeito "bacaninha", que eu chamo de "zen", porque tem tudo a ver com os budistas fashion, no resultado final, com aquela aura de pseudo-conhecimento, pseudo-consciência, pseudo-generosidade e pseudo-desapêgo. Podem ser até agradaveis num primeiro momento, mas se tornam irritantes pela devoção aos seus "dogmas-zen" e seu desprezo pela realidade, conscientemente colocando boas intenções e bons sentimentos acima da História, da lógica, de fatos e do óbvio - pois o que realmente importa é ser "bacana". E assim se tornam idiotas úteis do marxismo cultural e de certas forças políticas totalitárias. Por exemplo, esses dias eu ouvi alguém dizendo que uma notória black bloc" não é esquerdista, porque ela não estaria comprometida com "ideais de justiça humanitários e fraternos" (ou alguma besteira pronta nesse sentido). Além de não fazer sentido algum e de ser muito piegas, nota-se aí a total irracionalidade, fuga da realidade, e a própria "bondade" sendo colocada como definição e requisito para o esquerdismo. Ou seja, se não é do bem, não é esquerdista, pois esquerdismo é do bem, claro! Mesmo? E o Stalin? E o Pol-pot, o Mao Tse Tung? E o Fidel? Ops, o Fidel é bacana. E o Tchê também hahaha! Nos lembra religião? E é tão útil quanto, para o próprio ego e para a própria imagem, num ambinte intelectual medíocre, superficial, leviano, infantil e muito confortável.