Uma coisa que me perturba um pouco no Brasil é o fato de muita gente ser "dotô". Ao contrário da Alemanha, onde "doutor" tem que ter doutorado, em muitos países, basta ter bacharelado. Médicos, em várias partes do mundo, usam este título - mas a gente perdoa, porque ele já virou sinônimo de médico. Dentista já força um pouco. Engenheiro, felizmente, não usa. Agora, o que diz muito sobre a nossa cultura tosca, bajulatória e subserviente, é advogado usar... isso deve ser porque, para o povão, eles se confundem com "os hômi" da lei, e precisa ter respeito (ainda que apenas aparente), mesmo que eles sejam corruptos ignorantes. E delegado então? Faz questão da deferência! Se ofende sem ela! Isso é triste, porque a maioria dos "juristas" que eu conheci estão mais longe de serem doutores do que todas as outras categorias agraciadas. Por fim, tem até analfabeto endinheirado que também é "dotô". Êta nóis!
