Eis uma pérola do "romantismo realista". É engraçado assistir o comum querendo ser pensante e consciente enquanto tenta se adequar de forma sensata a paradigmas insensatos - sem ter a menor noção do que faz. Neste caso, denuncia-se a farsa da "pessoa certa" mas investe-se na tragicomédia do casal romântico que luta para que o relacionamento "dê certo". E no que isso consiste? Em ceder liberdade, individualidade e racionalidade em nome de regras opressivas, fórmulas de manutenção de relacionamentos padrão que castram, limitam, massificam e oprimem. E desde quando se submeter é "dar certo"? Mas isso, infelizmente, é tudo o que conhecem e podem almejar... Ter alguém a qualquer custo.