O Ministério da Mediocridade adverte: o KX é prejudicial à burrice contente, ao conformismo babaca, à inércia covarde, à hipocrisia deslavada, à pseudo-felicidade do cidadão comum, à pose esquerdopata e à idiotice útil.

5 de maio de 2012

Sexo ou punheta?

Logo de cara, a resposta é óbvia. Mas só seria correta num mundo ideal, onde todas as pessoas fossem honestas e tivessem interesse em sexo, o que sabemos estar longe da realidade. Infelizmente e, salvo exceções, os homens querem sexo e as mulheres querem outras coisas. Assim o sexo vira apenas a moeda que elas usam para conseguir as outras coisas; e daí os homens também acabam sendo obrigados a adquirir seu arsenal de troca, pois sem escambo não se consegue nada.

Voltando à pergunta, sabemos o que seria melhor, mas e os custos? Bom, a punheta, por mais patética que seja, não custa nada. Nem em termos financeiros e nem em dignidade. É só usar a imaginação ou ligar o computador e desligar depois da diversão. Já, o sexo, custa muito. Em termos financeiros, o cara tem que ter um "bom carro", roupas que denotem classe social, ir a "bons lugares", aqueles devidamente segregados para o acasalamento dos privilegiados (onde as moças vão arranjar marido), demonstrar que possui dinheiro para gastar, fazer papel de bom moço (mas com ousadia), de bom partido, de provedor. Fora tudo isso, é preciso investir tempo se preparando, aturar conversinhas rasas, fazer gracinhas e brincadeirinhas idiotas, entrar no joguinho delas fingindo estar apaixonado e ainda por cima ter paciência, pois elas têm que se fazer de difíceis, para passar a imagem de "moça para casar embora não esteja desesperada".

Bom, depois de todas as formalidades e procedimentos padrão da côrte, pode-se finalmente chegar ao que interessa. Mas o problema só começou! Primeiro porque, a não ser que elas estejam realmente determinadas, o sexo é fraco, e tem que vir acompanhado de rituais românticos sem o menor sentido. Agora também já se passa à segunda fase do joguinho delas, quando começam a fechar o cerco em torno do futuro marido. Aquela palavrinha (compromisso) começa a pairar na atmosfera e várias novas pressões começam a incidir sobre nós, como obrigações sociais, paradigmas de relacionamento burguês, e tudo que leve ao destino projetado (ainda que não mencionado por enquanto). Quanto à coerência delas entre ideologia, atitude, discurso e objetivos, é assunto que não caberia aqui, mas também algo extremamente desanimador. Sobra esperteza e falta inteligência.

Enfim, podemos agora visualizar melhor (apesar de brevemente) toda a jornada, a epopéia que se precisa fazer rumo ao sexo, mesmo que às vezes não seja longa, e mesmo num mundo que se diz tão liberal ou mesmo pervertido, mas não no sentido sexual, como é sugerido (na verdade, é pseudo-liberal e pervertido apenas no que diz respeito à conceitos como justiça e dignidade humana). Assim sendo, salvo raríssimas exceções (repito), a punheta é melhor negócio, pois economiza tempo, dinheiro, auto-estima e não leva a práticas sociais degradantes a intelectos superiores e nem a praxes sociais hipócritas e vergonhosas - ou ao estelionato emocional e sexual conhecido como "casamento". Quando só há mulheres comuns ao redor, a resposta é "B".